quinta-feira, 25 de setembro de 2008

E então, como fica a viagem no tempo?

Como citado anteriormente, o tempo desacelera à medida em que se encontra próximo de grandes concentrações de matérias. Se pusermos 2 relógios, um próximo ao Sol e deixarmos o outro aqui próximo à Terra, veríamos que enquanto o da Terra passou 6 horas, o do Sol passou apenas 3 horas! Ou seja, quanto mais próximo do centro de gravidade, mais lentamente o tempo passa. Esse efeito é levado em conta nos Sistemas de Posicionamento Global (GPS). Caso não fossem levados em conta e corrigidos, marinheiros, pilotos de avião, taxistas, etc, sofreriam desvio de alguns quilômetros de suas rotas.

A gravidade de uma estrela de nêutrons desacelera o tempo em 30 vezes em relação à Terra. Já nos buracos negros, o tempo pára em relação à Terra. Quem se encontrar próximo a um desses objetos verá a Terra se movendo em alta velocidade. Partindo disso, existe uma outra possibilidade para se ir ao futuro.

Einstein demonstrou que o tempo varia conforme a velocidade em que encontra o observador. É sabido que o tempo fica mais longo quanto mais rápido alguém viaja, em comparação a um observador que ficou parado. Logo, para se viajar ao futuro, é preciso de uma velocidade próxima ou maior que a da luz. Inclusive, cientistas já enviaram partículas para o futuro, usando aceleradores de partículas. Para esse experimento foram usadas 2 partículas iguais e instáveis (que se desintegram em segundos). Uma partícula ficou parada, enquanto a outra ficou em movimento. A que ficou parada se desintegrou primeiro! Em tese, se uma nave com velocidade próxima à da luz, viaja 12 horas, passaria-se 10 anos aqui na Terra.

Teoricamente a viagem ao futuro é possível. Porém, apresenta algumas dificuldades. Primeiramente, nossa tecnologia não é tão desenvolvida; o material do qual seria feito o transporte para o futuro teria de resistir ao calor e ao impacto da viagem; para se atingir uma altíssima velocidade, o meio de transporte precisaria de uma quantidade incalculável de combustível; paradoxos como o chamado “paradoxo dos gêmeos”. Digamos que existam dois irmãos gêmeos e um deles viaja numa nave em velocidade altíssima, enquanto o outro fica em casa. Para o irmão que viajou, a viagem durou 1 ano, enquanto o que está na Terra, durou 10 anos. Se eles têm a mesma idade e nasceram no mesmo dia, como um deles possui 9 anos a mais que o outro?

Viajar ao futuro seria muito mais fácil do que viajar ao passado. Além da questão tecnológica, surgem muito mais paradoxos.